sexta-feira, 27 de junho de 2014

encanto


me pergunto, 
saberei a hora da verdade, o tempo que resta, o dia que acorda,
claro e brilhante?
sem gosto, sem jeito, sem dor.
irei encontrar a porta da chegada, o mês da primavera
o abril de outros, e dos lilases.?
e, finalmente, na cova santa, dos leões,
pela curva finda da pergunta, com o jeito frouxo da gravata,
dobrarei a massa linda da montanha azul.

duas vezes dez, três vezes oito, 
uma multidão espirra seus sonhos e ilusões, pedra a pedra 
nas ruas do encanto e da solidão,
quatro vezes.


abril 2014

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