Emerge do escuro, em pontos e pingos, a
luz, desfiada em longos colares,
refletidos na agua e na areia em noite
quente.
Suspendo o olhar e o gosto, e deixo
estar, em zumbido, o rotineiro fundo de ruídos deslocados, das ruas e janelas
abertas, oriundos da vida em espetáculo ligeiro.
Aguardo, enquanto espelho em brilho, as
coisas do mundo.
Ao lado, nada sustenta a vontade ou
esgota o desejo, dobrados em fardos de cansaços e perdas,
Desfeitos.
Sobram como sempre, migalhas de mim.